Personalidades e lideranças palestinas reforçaram apelos para a reconstrução da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e para realização de eleições ao Conselho Nacional (parlamento) no 59° aniversário de sua fundação.
Forças políticas, iniciativas nacionais e a chamada Conferência Popular lançaram um apelo para aderir à entidade, assinado pela maioria das facções, partidos e instituições palestinas, com destaque para os movimentos de resistência Hamas e Jihad Islâmica.
Durante uma coletiva de imprensa realizada neste domingo (28) em Ramallah, junto a figuras da Faixa de Gaza e da diáspora palestina, Omar Assaf, membro da Assembleia Democrática, destacou: “Este projeto é aceito amplamente por todas as forças, associações e instituições da sociedade civil, signatárias à declaração”.
Assaf enfatizou a determinação das partes em unificar esforços para reconstruir a OLP, sem a velha dinâmica de cotas e hegemonia, por meio de eleições ao Conselho Nacional com participação de cidadãos palestinos de todas as localidades.
Amal Khreishe, membro do Comitê de Acompanhamento da Conferência Popular, responsável por ler a declaração, comentou: “Os desafios presentes demandam eleições ao Conselho Nacional e que retornemos ao povo por meio da participação de todos os palestinos”.
Amal reiterou que é preciso mobilização popular para reconstruir a OLP, restaurar seu papel como representante legítimo do povo palestino e reaver seu espaço internacional.
Ao enfatizar a importância da participação dos jovens no processo político, Hassan Khreishe, segundo adjunto da presidência do Conselho Legislativo, observou: “É inconcebível que comecemos um processo de libertação e terminemos implorando por negociações”.
“Queremos reivindicar a organização de seus sabotadores, sem golpes e por vias legais, através do processo eleitoral, incluindo ao Conselho Nacional, com participação de palestinos na Cisjordânia, na Faixa de Gaza, na diáspora e nos territórios de 1948”, prosseguiu.
Hassan explicou que o Conselho Nacional é responsável por eleger o Comitê Executivo e este por nomear o presidente, de modo que todas as forças devem colaborar com o processo político para reaver consultas à Carta Nacional e à população.
Hassan reiterou que a OLP não é exclusiva de nenhum líder ou partido político, mas sim um movimento popular, e que todos têm direito de participação.
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