Haitham al-Ghais, secretário-geral da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), confirmou à agência de notícias iraniana Shana que sua organização dará boas vindas ao retorno de Teerã ao mercado de petróleo internacional assim que as sanções sejam suspensas.
O Irã é membro da OPEP, muito embora suas remessas estejam sujeitas a sanções dos Estados Unidos, cujo intuito é conter seu programa nuclear. A república islâmica insiste que seus esforços de enriquecimento de urânio têm propósito civil.
Al-Ghais, que visitou Teerã pela primeira vez, reiterou: “O Irã tem capacidade de trazer volumes produtivos consideráveis em um curto período”.
“Acreditamos que o Irã seja um agente responsável em nossa família, isto é, os países da OPEP”, reiterou. “Tenho certeza de que será bom trabalharmos juntos em sintonia, para assegurar que o mercado mantenha o equilíbrio, como fizemos nos últimos anos”.
Em resposta sobre o corte de produção imposto pela OPEP e seu impacto nos preços, afirmou al-Ghais: “Seremos francos, não buscamos um certo preço. Todas as nossas ações, todas as nossas decisões são feitas para termos um bom equilíbrio entre oferta e demanda”.
Em abril, a Arábia Saudita, junto ao cartel conhecido como OPEP+ – que reúne membros da OPEP e aliados, como a Rússia –, anunciou cortes adicionais de 1.2 milhões de barris por dia (bpd), com redução total de 3.66 bpd, reportou a Reuters.
A Arábia Saudita, líder de facto da OPEP, e o Irã anunciaram em março retomar suas relações diplomáticas, após anos de rivalidade regional, sob um acordo mediado pela China, segundo maior mercado consumidor global.
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