O Hezbollah negou nesta sexta-feira (2) que os cinco homens acusados por uma corte militar de matar um soldado irlandês a serviço da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2022, tenham qualquer relação com o movimento xiita.
As informações são da agência de notícias Reuters.
Um documento judicial divulgado nesta quinta-feira (1°) identificou alguns dos réus como membros do Hezbollah e do movimento aliado Amal.
Mohammad Afif, porta-voz do Hezbollah, no entanto, negou a filiação dos suspeitos ao grupo e buscou desmentir a legitimidade dos relatos judiciais.
O Hezbollah controla boa parte do sul do Líbano, onde ocorreu o ataque em 15 de dezembro – o primeiro a resultar na morte de um oficial da ONU desde 2015. O soldado morto foi identificado como Sean Rooney, então com 23 anos de idade.
Segundo Afif, o Hezbollah interveio após o incidente para atenuar tensões em campo e colaborar com as investigações do exército.
O movimento Amal – chefiado pelo presidente do parlamento libanês, Nabih Berri – recusou-se a comentar o indiciamento e os subsequentes relatos até então.
Conforme um relato, câmeras de vigilância gravaram os réus se identificando como membros do Hezbollah. Uma segunda fonte confirmou a menção da mesma evidência no documento judicial de 30 páginas.
O Hezbollah já havia negado envolvimento no caso, ao descrevê-lo como “incidente não deliberado” entre civis e a força de paz das Nações Unidas.
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