A Agência da ONU para Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, está atravessando uma crise financeira grave.
Numa reunião com países-membros e doadores, na sexta-feira, em Nova Iorque, o comissário-geral da agência afirmou que não tinha mais fundos para manter as escolas da entidade e centros de saúde do mês de setembro em diante.
Ajuda para 6 milhões de pessoas
Philippe Lazzarini contou que 6 milhões de pessoas dependem dos serviços da Unrwa nos Territórios Palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia assim como nos países vizinhos Líbano, Síria e Jordânia.
Atualmente, quase um terço dos refugiados palestinos registrados vivem em acampamentos. A agência já está no vermelho com US$ 75 milhões.
No final do evento, os países-membros prometeram US$ 812,3 milhões. Deste total US$ 107,2 são contribuições novas.
LEIA: UNRWA acusa aumento acentuado de palestinos vivendo em condições ‘catastróficas’ e pede ajuda
Lazzaroni agradeceu as promessas, no encontro convocado pelo presidente da Assembleia Geral, Csaba Korosi, e disse que o montante ainda não será suficiente para arcar com todos os custos.
Crianças sonham com futuro melhor
A Unrwa mantém 700 escolas e 140 instalações de saúde. A agência da ONU foi criada em 1949 como uma assistência temporária aos palestinos após os deslocamentos gerados com o nascimento do Estado de Israel, um ano antes.
O chefe da Unrwa disse que precisa de US$ 30 milhões para manter um programa de dinheiro vivo de compra de alimentos para cerca de 600 mil pessoas no Líbano, na Síria e na Jordânia.
Em mensagem, lida no evento, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu à comunidade internacional para apoiar o trabalho da Unrwa com o pleno financiamento.
Dois estudantes palestinos que participaram da reunião na ONU disseram que eles buscam esperança em meio ao desespero e sonham como qualquer criança com um futuro melhor.
Mais de 500 mil jovens estão matriculados nas escolas da ONU nas áreas palestinas.
LEIA: UNRWA afirma que as condições de vida em Gaza estão deteriorando
Publicado originalmente em ONU News