Soldados israelenses invadiram a Mesquita de Al-Aqsa na noite desta segunda-feira (19), em Jerusalém ocupada, e removeram centenas de palestinos do perímetro, incluindo guardas a serviço do Departamento de Recursos Islâmicos (Waqf), que administra a área.
Forças da ocupação trancaram os portões de acesso à mesquita e impediram a entrada de fiéis que queriam celebrar a primeira noite do Dhu Al-Hijja, mês que encerra o calendário islâmico. As informações são da agência de notícias Wafa.
Após a ofensiva, mulheres palestinas se reuniram em protesto nos degraus do Portão de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém. Soldados intervieram para expulsá-las do local.
Segundo testemunhas, o objetivo da operação era esvaziar o complexo islâmico para salvaguardar a entrada de colonos ilegais.
Os palestinos tampouco puderam realizar suas preces da manhã em Al-Aqsa, mas mantiveram o hábito nas vielas da Cidade Velha ao redor do santuário.
Israel conduz esforços para apagar a identidade islâmica de Jerusalém Oriental, onde está situada Al-Aqsa, em favor de supremacistas judeus.
Al-Aqsa é o terceiro local mais importante para o Islã, onde ritos de terceiros são proibidos sob acordo internacional. Contudo, desde 2003, Israel permite a invasão de colonos quase diariamente.
Israel ocupou Jerusalém Oriental em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Em 1980, anexou toda a cidade, medida jamais reconhecida internacionalmente.