O exército de Israel confirmou nesta segunda-feira (19) que um de seus helicópteros Apache foi atingido por combatentes da resistência palestina durante uma recente incursão contra o campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia.
Sete outros veículos militares sofreram danos, reportou a agência Anadolu.
Segundo o comunicado, apesar de ser atingido, o helicóptero continuou a operar.
لحظة إصابة طائرة "أباتشي" إسرائيلية بالرصاص في أجواء جنين. pic.twitter.com/AoLRWk8fyt
— شبكة قدس الإخبارية (@qudsn) June 19, 2023
Pouco antes, tropas da ocupação, sob a cobertura de helicópteros Apache, mataram cinco palestinos, incluindo um menor de idade, e feriram outras 90 pessoas. A operação levou a horas de tiroteio na região, informou a Reuters.
Oito soldados israelenses ficaram feridos, segundo o exército sionista. A operação tinha como intuito prender dois supostos foragidos.
Media coverage: Footage documenting the blow-up of an armored Israeli personnel carrier by Palestinian resistance fighters yesterday in Jenin. pic.twitter.com/L5sSLopTXq
— Quds News Network (@QudsNen) June 20, 2023
É a primeira vez que helicópteros participam de operações na Cisjordânia desde 2002 – no contexto da Segunda Intifada. Segundo a televisão em hebraico, um arsenal pouco comum foi usado contra as forças invasoras em Jenin neste início de semana.
O Ministério da Saúde da Autoridade Palestina (AP) anunciou, a princípio, que quatro palestinos foram mortos e outros 45 foram feridos por disparos israelenses.
Bezalel Smotrich, ministro das Finanças e membro de ultradireita do Knesset (parlamento), reivindicou do governo uma ofensiva de larga escala para “restaurar o poder de dissuasão” em Jenin, Nablus e outras cidades da Cisjordânia.
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“É hora de arregaçar as mangas”, declarou Smotrich.
A chancelaria palestina descreveu as sucessivas incursões de Israel em Jenin como “perigosa escalada capaz de arrastar a região a novos massacres” e instou a comunidade internacional a “intervir urgentemente”.