Nesta quarta-feira (21), a Comissão para Jerusalém da Conferência Popular dos Palestinos na Diáspora reforçou denúncias de que Israel recorre a uma política de deportação compulsória para esvaziar Jerusalém de seus ícones nacionais e facilitar o assentamento judaico.
Segundo a rede Quds Press, os comentários da diáspora palestina sucederam a expulsão por seis meses do vice-diretor de Recursos Islâmicos e Assuntos de Al-Aqsa, Najeh Bkeerat.
“A polícia sionista não terá êxito em impedir os palestinos de defender os santuários islâmicos da cidade sagrada de Jerusalém”, destacou a nota.
A comissão exortou governos e universidades a trabalharem na conservação da identidade árabe de Jerusalém ocupada, assim como na preservação do caráter sacro e do patrimônio da Mesquita de Al-Aqsa.
O comunicado lamentou ainda o silêncio da Autoridade Palestina e governos árabes e pediu intervenção imediata contra a deportação de Bkeerat. Além disso, convocou palestinos para que realizem protestos neste sentido.
Autoridades israelenses emitiram uma ordem de expulsão de seis meses contra Bkeerat, a ser renovada indefinidamente, além de proibi-lo de viajar ao exterior, ao acusá-lo de fazer parte do movimento palestino Hamas, radicado na Faixa de Gaza.
Desde 2003, Bkeerat foi expulso de Al-Aqsa mais de vinte vezes, por um total de sete anos. “Em 2019, pude entrar na mesquita por apenas uma semana”, relatou o líder islâmico, em certa ocasião.
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