Estima-se que 39 refugiados faleceram em um novo naufrágio nesta quarta-feira (21), na rota entre Marrocos e ilhas Canárias.
A Guarda Costeira da Espanha confirmou o óbito de um menor de idade até então, segundo relatos da imprensa. Cerca de 60 pessoas estavam a bordo. De acordo com a ong espanhola Caminando Fronteras, entre os mortos há quatro mulheres e um bebê.
Autoridades marroquinas resgataram 24 passageiros, alguns dos quais à deriva no mar quando chegaram as equipes de resgate
O barco pediu socorro por 12 horas em águas espanholas, alertou Helena Maleno Garzón, presidente da Caminando Fronteras, em sua página do Twitter. “A política de fronteiras da Europa é precisamente o que vemos na Grécia, Itália e Espanha: tortura e morte”.
Horas antes do resgate, na terça-feira (20), Garzón denunciava a situação. Segundo o relato, Madri e Rabat trocaram alegações sobre a responsabilidade pela operação, em meio a uma aparente falta de comunicação.
Eventualmente, autoridades confirmaram que o Marrocos coordenaria os esforços, mas o socorro demorou para ocorrer. “Não houve comunicação ou coordenação, o que havia era apenas um naufrágio”, declarou Garzón à televisão espanhola.
Não há confirmação de que as operações continuam, em busca de dezenas de desaparecidos.
Na terça-feira, autoridades espanholas resgataram 52 refugiados perto da ilha de Lanzarote, além do corpo de uma mulher grávida.
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