O bloqueio em curso decorrente do conflito no Iêmen causa perdas financeiras substanciais a camponeses incapazes de vender produtos e animais devido ao mercado restrito.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
A guerra no Iêmen, em seu nono ano, deixou graves consequências socioeconômicas, entre as quais, colapso fiscal, flutuação nos preços, desvalorização da moeda e carestia alarmante dos insumos alimentares.
Minas terrestres plantadas por rebeldes houthis obstruíram uma série de rotas às zonas urbanas, isolando efetivamente os produtores rurais.
A combinação de barreiras físicas e turbilhão econômico incorre em um cenário assustador aos camponeses, severamente afetados pela crise humanitária.
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O Iêmen é tomado por violência e instabilidade desde 2014, quando houthis ligados a Teerã capturaram boa parte do país, incluindo a capital Sanaa. A situação piorou no ano seguinte, quando uma coalizão saudita interveio a favor do governo aliado.
Desde 2016, a coalizão do Golfo impõe um bloqueio militar ao aeroporto de Sanaa.
O país, contudo, começou a vivenciar certa desescalada nos últimos meses, em meio à reaproximação entre Arábia Saudita e Irã e esforços da Organização das Nações Unidas (ONU) para solucionar o conflito.