Colonos israelenses sob escolta do exército montaram na manhã desta quinta-feira (22) seis residências móveis em um terreno particular palestino na aldeia de al-Laban al-Sharqiya, na província de Nablus, na Cisjordânia ocupada, como prenúncio à expropriação das terras.
Tratores invadiram o terreno, pertencente a Mousa al-Abd Aweis, Abdel-Rahim Noubani e Ahmad Mahmoud Aweis e nivelaram o terreno para dar lugar ao posto avançado colonial, reportou um correspondente da agência Wafa.
Segundo a rede Mondoweiss, os colonos operam ao invadir em massa diversos pontos, onde instalam tendas e caravanas antes de proclamar a fundação de novos assentamentos.
O posto avançado foi instaurado por Tel Aviv como medida punitiva após um ataque a tiros contra os arredores do assentamento de Eli deixar quatro colonos mortos e quatro feridos, na terça-feira (20), no caminho de Nablus a Ramallah.
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A medida antagoniza ainda um relatório recente do Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) que confirmou denúncias de punição coletiva contra parentes e vizinhos de supostos militantes da resistência palestina.
“Demolições são parte da política de punição coletiva, ilegal sob o direito internacional, pois alvejam as famílias dos responsáveis pelos supostos ataques”, reiterou o relatório.
Sob a lei internacional, Cisjordânia e Jerusalém Oriental são territórios ocupados e todos os assentamentos ou postos coloniais na região são, portanto, ilegais.
Nablus está cercada por cerca de 40 assentamentos e postos avançados exclusivamente judaicos, cujos colonos extremistas executam ataques regulares sob escolta de soldados para expulsar os palestinos nativos e expandir seu controle sobre as terras.