O Sri Lanka deve começar em julho uma permuta de chá por petróleo junto ao Irã, estimada em US$250 milhões, confirmou nesta sexta-feira (23) um oficial local.
A troca foi acordada em 2021, para arcar com importações de nove anos antes. Contudo, foi protelada após o Sri Lanka se deparar com sua pior crise econômica em sete décadas. O país busca ampliar suas vendas e proteger suas reservas estrangeiras, ao implementar enfim seu acordo com a república islâmica.
“Isso vem em boa hora para nós pois podemos ter acesso a um mercado importante e ambos os países podem fazer negócios sem depender do dólar”, reiterou Niraj de Mel, presidente do Conselho de Chá do Sri Lanka à agência Reuters.
“O acordo previa o envio de US$5 milhões em chá todo mês por 48 meses, mas planejamos começar com cerca de US$2 milhões mensais”, acrescentou.
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O popular chá cingalês é a principal receita agrária da nação asiática, com exportações estimadas em US$1.25 bilhões no último ano, conforme dados do governo.
Teerã é um dos principais compradores, mas as vendas caíram de US$128 milhões em 2018 a US$70 milhões em 2022, devido às sanções dos Estados Unidos.
Uma parcela considerável do chá chega ao Irã via Emirados Árabes Unidos, país que ampliou suas importações do Sri Lanka de US$48 milhões em 2018 a US$118 milhões no último ano.
Sob o programa, a Corporação de Petróleo do Sri Lanka concederá rúpias ao Conselho de Chá para enviar o produto ao exterior. Importadores iranianos pagarão em riyal, a moeda nacional, por meio da Companhia Nacional de Petróleo do Irã.
Segundo de Mel, as partes aguardam a documentação final para iniciar o processo ainda no próximo mês.
As reservas cingalesas chegaram a US$3.5 bilhões em maio – décimo quarto mês de alta – devido à retomada do turismo e outros setores, junto a um socorro financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de US$2.9 bilhões.
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