Itamar Ben-Gvir, ministro de Segurança Nacional de Israel, chegou na sexta-feira (23) no posto avançado ilegal de Evyatar para demonstrar apoio aos colonos extremistas.
Segundo o jornal Haaretz, Ben-Gvir reivindicou “muito mais do que este assentamento”, ao sugerir maior anexação de terras palestinas na Cisjordânia ocupada. “Corra para as colinas”, acrescentou, em referência ao grupo colonial terrorista Juventude das Colinas, que conduz ataques contra os palestinos locais.
“Aqui deveria haver um assentamento de verdade, não somente aqui, mas em todas as colinas ao nosso redor. Vamos povoar a Terra de Israel e, ao mesmo tempo, lançar uma operação militar, derrubar prédios e eliminar terroristas”, destacou Ben-Gvir.
“Não somente um ou dois [assentamentos]”, prosseguiu o deputado de extrema-direita, “mas dezenas, centenas; se necessário, milhares”.
Yossi Dagan, chefe do Conselho de Assentamentos na Cisjordânia, declarou: “A resposta apropriada aos ataques palestinos é construir mais e mais assentamentos, além de uma resposta militar de larga escala nas cidades palestinas”.
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“Demandamos do governo que anuncie a legalização [sic] do assentamento Evyatar para que os colonos se assentem no local”, reafirmou Dagan. “Somente assentamentos podem reduzir os ataques”.
A Cisjordânia vive em tensões há meses, em meio a sucessivas incursões militares de Israel a cidades e aldeias palestinas e ataques realizados por colonos ilegais, sob escolta de soldados da ocupação e incitação de políticos extremistas.
Segundo as estimativas, ao menos 174 palestinos foram mortos por Israel nos territórios ocupados desde janeiro – média que supera uma morte por dia. Em contrapartida, vinte israelenses foram mortos por ações de resistência.
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