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Conflito no Sudão deixa três mil mortos e 2.2 milhões de deslocados

Confrontos entre o exército regular do Sudão e as Forças de Suporte Rápido (FSR), na capital Cartum, em 9 de junho de 2023 [Stringer/Agência Anadolu]

Confrontos entre o exército regular do Sudão e as Forças de Suporte Rápido (FSR) voltaram a se intensificar neste domingo (25), em particular na região sul da capital, Cartum.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Segundo relatos, bairros da cidade vivenciaram embates violentos com armamentos leves e pesados desde a manhã.

Aviões de guerra sobrevoaram Kalakla, onde residentes ouviram o barulho de bombardeios e artilharia antiaérea. Sobrevoos foram reportados em Cartum, Bahri e Omdurman.

Desde 15 de abril, as Forças Armadas de Abdel Fattah al-Burhan e a coalizão paramilitar de Mohamed Hamdan Dagalo (Hemedti) se enfrentam. Em 6 de maio, Arábia Saudita e Estados Unidos se apresentaram como mediadores para as negociações entre as partes, resultando em cessar-fogos sucessivamente violados.

LEIA: Conflitos se intensificam após fim de cessar-fogo no Sudão

Segundo estimativas das Nações Unidas, ao menos três mil civis morreram, além de dezenas de milhares de feridos e mais de 2.2 milhões de deslocados.

A disputa emana de divergências sobre integração da FSR ao exército regular, requisito para a devolução do poder a governantes civis. Em 2021, ambos conduziram um golpe militar ao destituir o gabinete de transição, sob pretexto de “corrigir o rumo”.

O período transicional começou em abril de 2019, com a queda do longevo ditador sudanês Omar al-Bashir e deveria culminar em eleições abertas no início do próximo ano.

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