No sábado (25), o Ministério de Relações Exteriores do Irã descreveu as recentes tensões entre o Kremlin e o grupo mercenário Wagner como “questão interna”.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Nasser Kanaani, porta-voz da chancelaria iraniana, reafirmou que seu país “apoia o Estado de Direito”, em alusão ao governo estabelecido do presidente Vladimir Putin.
Ainda no sábado, o Putin acusou Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo Wagner, de traição, após milicianos atravessarem a fronteira ucraniana ao território russo e entrarem na cidade de Rostov-on-Don.
Prigozhin, em contrapartida, acusou Moscou de atacar seus agentes. Nos últimos meses, o líder paramilitar criticou o ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoygu, por não lhe fornecer armas suficientes em seus combates na Ucrânia. O Kremlin, porém, nega as alegações.
Teerã é um dos principais aliados de Moscou, acusado por países ocidentais de abastecer as forças invasoras no Leste Europeu com drones militares. A guerra em solo ucraniano chegou a seu 16° mês, sem aparente solução política no horizonte.
Em maio, John Kirby, porta-voz da Casa Branca, reiterou que a república islâmica se mantém como maior provedor ao lado russo. O Irã rejeita as denúncias e insiste que as relações com Moscou se devem a “interesses mútuos e boa vizinhança”.
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