Brasil expressa apreensão sobre expansão e violência colonial de Israel

O governo do Brasil expressou nesta segunda-feira (26) apreensão sobre a recente escalada da violência colonial israelense, após o anúncio de Tel Aviv de que planeja construir novos assentamentos ilegais nos territórios ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Segundo a agência de notícias Wafa,

Em nota emitida na sexta-feira (23), o Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty) afirmou: “O Governo brasileiro acompanha com consternação e preocupação a escalada de violência na Cisjordânia, que inclui a retomada de ataques aéreos por Israel”.

“Entre os feridos encontra-se um menor, filho de cidadão brasileiro, baleado na cabeça e no ombro durante a invasão da aldeia palestina de Turmus Ayya por colonos israelenses. O caso vem sendo acompanhado pelas autoridades consulares brasileiras”, acrescentou.

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[Sabaaneh]

Na última semana, centenas de colonos invadiram diversas aldeias na Cisjordânia, incluindo Turmus Ayya, na região de Ramallah. Um jovem palestino foi morto e dezenas de veículos e casas foram incendiados.

A ação sucedeu uma incursão militar israelense em Jenin, que culminou em horas de tiroteio entre a resistência local e as forças da ocupação, com apoio de helicópteros de guerra. Sete palestinos foram mortos, além de 90 feridos; sete soldados israelenses se feriram.

“O Brasil exorta todas as partes envolvidas a cessar imediatamente as hostilidades”, reiterou a nota. “[O governo] reafirma que a gestão do conflito não evita escaladas frequentes, como nesta semana, tampouco constitui estratégia aceitável para encaminhamento da questão israelo-palestina, para a qual é urgente a retomada das negociações de paz”.

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No sábado, o jornal Yedioth Ahronoth reportou que sete novos postos coloniais israelenses foram montados na Cisjordânia desde quinta-feira (22). O avanço coincide com o anúncio de Tel Aviv, no dia anterior, de que planeja construir mil unidades no assentamento de Eli.

Políticos extremistas justificaram a expansão ilegal como resposta a um ataque a tiros nos arredores da colônia, que resultou na morte de quatro israelenses.

Segundo a ong Peace Now, Eli foi construído em 1984 e abriga 4.600 colonos.

Todos os assentamentos e colonos nos territórios ocupados são considerados ilegais pela lei internacional. Em contrapartida, a resistência à ocupação é legal, não importam os meios – incluindo a resistência armada.

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