Os Estados Unidos informaram Israel no domingo (25) que suspenderão o envio de recursos destinados a pesquisas de ciência e tecnologia realizadas nos territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, além das colinas sírias de Golã.
A medida reverte uma política instituída pelo então presidente Donald Trump em 2020 que permitiu aplicar recursos do contribuinte americano nos assentamentos ilegais.
Ao justificar a nova medida, a Casa Branca descreveu a parceria como “incompatível” com sua política externa.
Segundo o jornal Jerusalem Post, um representante do Departamento de Estado afirmou: “A diretriz é mero reflexo de nossa posição histórica, reafirmada pela atual gestão”.
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O porta-voz acrescentou: “Nossa determinação sobre as áreas geográficas sob administração de Israel a partir de 5 de junho de 1967 exige decisão final [e] trabalhamos, neste sentido, por uma solução negociada de dois Estados conforme a qual Israel possa viver em segurança e paz junto a um Estado palestino viável”.
“Trata-se essencialmente de reaver a política americana às limitações geográficas anteriores a 2020 no que se refere a nosso apoio a atividades binacionais”.
O ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, contrapôs: “Refuto a decisão e penso estar errada. Em casos similares no passado, o governo de Israel reembolsou integralmente as partes lesadas por tais medidas”.
O senador republicano Ted Cruz, eleito pelo estado do Texas, acusou a gestão democrata do presidente Joe Biden de “discriminar Israel”.
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Sob o governo Trump, a Casa Branca se afastou do consenso de dois Estados ao deferir apoio a políticas de anexação dos territórios ocupados. Neste contexto, transferiu a embaixada de Tel Aviv a Jerusalém, ao reconhecer a cidade santa como “capital indivisível” de Israel.
Além disso, reconheceu a “soberania” israelense sobre as colinas de Golã, pertencentes à Síria, e mitigou políticas de contenção dos assentamentos radicados ilegalmente em terras palestinas, em franca violação do direito internacional.