Governos árabes condenaram um ato realizado nesta quarta-feira (28) no qual militantes de extrema-direita queimaram diversas cópias do Alcorão em frente a uma mesquita na cidade de Estocolmo, capital da Suécia. As informações são da agência de notícias Anadolu.
O Ministério de Relações Exteriores da Arábia Saudita afirmou: “Atos reincidentes e odiosos como este não podem ser aceitos de maneira alguma, pois claramente instigam a exclusão e o racismo”.
A chancelaria na Jordânia reiterou: “A queima do Alcorão sagrado é um perigoso ato de ódio e manifestação de islamofobia que incita a violência e a intolerância religiosa, de forma que não podemos considerá-lo como liberdade de expressão”.
O Ministério de Relações Exteriores da Autoridade Palestina observou: “Ataques ao Alcorão são um ato extremista de ódio e racismo e flagrante ofensa a valores de aceitação do outro, tolerância, democracia e coexistência pacífica entre as religiões”.
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Em nota, o parlamento da Liga Árabe descreveu o incidente como “ato de incitação capaz de inflamar o sentimento de muçulmanos em todo o mundo”, ao denunciar as autoridades da Suécia por permitir a continuidade de tais “provocações”.
Na quarta-feira, um indivíduo identificado como Salwan Momika comandou uma queima do livro islâmico, sob escolta policial, na capital nórdica.
Em 12 de junho, um tribunal de recursos da Suécia manteve a decisão de primeira instância de impedir a polícia de conter o ato, sob o pretexto de liberdade de expressão.
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