A Venezuela busca diversificar sua atividade econômica para fazer a transição de uma nação apenas produtora de petróleo para um país agrícola, industrial e turístico, com nova estrutura econômica. O objetivo dessas medidas é reduzir os efeitos negativos do bloqueio econômico que lhe foi imposto e atrair investidores estrangeiros.
Falando para egípcios nesta semana, o embaixador da Venezuela no Cairo, Wilmer Barrientos Fernández, disse que o momento é oportuno para falar sobre o renascimento econômico da Venezuela, as vantagens comparativas e competitivas, o potencial e a diversificação econômicos, assim como os pontos fortes do país. O diretor regional do Escritório da Câmara de Comércio Árabe Brasileira no Cairo, Michel Gamal, participou.
O embaixador destacou os valiosos e estratégicos recursos naturais e fontes de energia do seu país, o desenvolvimento do cinturão petrolífero do Orinoco e da área do cinturão de mineração, especialmente porque a Venezuela tem grandes reservas de petróleo e gás, além de um potencial de mineração em larga escala.
O embaixador destacou os recursos hídricos da Venezuela e o potencial do país para a agricultura e da pecuária, além das oportunidades em turismo. O país deseja mostrar ao mundo os benefícios turísticos da Venezuela como um país que dispõe de múltiplas instalações logísticas garantidas através de sete novos portos e dez aeroportos internacionais. Segundo o diplomata, a Venezuela também dispõe de um sólido setor financeiro, que garante diferentes padrões de transferência internacional de recursos em moeda forte, entre outros atributos.
Na reunião, Barrientos ressaltou o papel desempenhado pela Câmara Árabe no desenvolvimento das relações econômicas e sociais entre o países árabes e o Brasil. A Embaixada da Venezuela busca utilizar a expertise da instituição para desenvolver as relações entre os árabes e a Venezuela, em especial com o Egito. Ele citou ações do escritório, como a organização de visitas bem-sucedidas de embaixadores do continente latino-americano, em cooperação com o Ministério das Relações Exteriores do Egito, a empresas egípcias de fertilizantes.
*Tradução do árabe de Georgette Merkhan
Publicado originalmente em ANBA