O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas atualizou a lista de empresas que fazem negócios com os assentamentos ilegais israelenses, ao remover 15 companhias do catálogo por terem rompido seu envolvimento, declarou um porta-voz nesta sexta-feira (30).
As informações são da agência de notícias Reuters.
A tão esperada atualização coincide com um surto de violência na Cisjordânia, em particular nos últimos 15 meses, incluindo ofensivas coloniais em cidades voláteis como Jenin, ataques de colonos contra aldeias palestinas e ações de resistência armada como resposta.
No entanto, o escopo do trabalho sofreu limitações orçamentárias para avaliar apenas a lista original de 112 empresas, confirmou a porta-voz Ravina Shamdasani.
Israel não comentou as mudanças até então. Seu premiê, Benjamin Netanyahu, rechaçou a versão anterior, assim como Washington, ao alegar “atenção desproporcional” concedida ao Estado ocupante pelo conselho radicado em Genebra.
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O catálogo foi encomendado pelo conselho em 2016, mas teve sua publicação protelada por quatro anos. Organizações civis reiteram que a lista é uma ferramenta essencial para garantir transparência aos negócios na Cisjordânia e levar companhias a reavaliar suas operações nos territórios ocupados.
A maioria das empresas citadas na lista original eram radicadas em Israel. Contudo, marcas internacionais também apareceram, incluindo empreendimentos dos Estados Unidos, Reino Unido e França, entre outros.
A fabricante de alimentos General Mills foi uma das duas firmas internacionais removidas da lista. Entre aquelas que permaneceram estão as agências de viagem e hospedagem Expedia, Booking.com e Airbnb.