Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, denunciou a operação militar de Israel em Jenin, na Cisjordânia ocupada, na manhã desta segunda-feira (3), como “ato criminoso [e] claro exemplo de terrorismo de Estado”, segundo informações da agência de notícias Anadolu.
Nove palestinos foram mortos pelas forças israelenses, oito em Jenin, reportou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina (AP); outros 50 ficaram feridos.
Kanaani reiterou que os palestinos mortos “não cometeram nenhum crime exceto defender seus direitos legais e naturais reconhecidos internacionalmente”. Segundo o oficial iraniano, os palestinos “imporão novamente uma derrota a Israel”.
Kanaani insistiu ainda que a comunidade internacional é “responsável pelo ataque bárbaro contra a nação palestina” e instou a Organização para Cooperação Islâmica (OCI) a “agir com seriedade e eficácia” para impedir as ofensivas de Israel.
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“Os mais recentes ataques contra a cidade indefesa de Jenin mostram, mais uma vez, que a paz, a concessão e a normalização não são dissuasivas tampouco efetivas diante da máquina de guerra do regime sionista”, acrescentou.
Há alguns dias, Ziad Nakhalah e Ismail Haniyeh, líderes dos movimentos de resistência Jihad Islâmica e Hamas, respectivamente, visitaram Teerã e conduziram conversas com oficiais de alto escalão da república islâmica.
A Cisjordânia ocupada vivencia tensões há meses em meio a campanhas militares e ataques coloniais contra cidades palestinas. Cerca de 200 palestinos foram mortos por Israel desde o início do ano, contra 25 israelenses no mesmo período.