Soldados israelenses atacaram na manhã desta terça-feira (4) o hospital Khalil Suleiman, em Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, ao disparar gás lacrimogêneo e munição real contra os acessos do pronto-socorro. As informações são da agência de notícias Wafa.
Parentes, incluindo crianças, que estavam na área externa foram alvejados; muitos correram ao hospital com sintomas de asfixia.
Na noite de ontem (3), dezenas de famílias fugiram aos centros médicos em busca de abrigo, após cerca de mil soldados invadirem uma série de casas no campo de refugiados de Jenin, sob cobertura de aviões de guerra israelenses, que bombardearam a cidade.
Jenin se tornou o epicentro da escalada na Cisjordânia, que incitou alarde em Washington e nas capitais árabes sobre a possibilidade de uma eventual retomada nas negociações sobre a questão palestina, paralisadas há quase uma década.
Por mais de um ano, invasões israelenses a Jenin e outras cidades se tornaram diárias, além de pogroms cometidos por colonos ilegais que incendeiam aldeias e terras.
O Ministério da Saúde da Autoridade Palestina (AP) confirmou ao menos dez mortos e mais de cem feridos em Jenin, vinte dos quais em estado grave, incluindo um menino baleado na cabeça. A vítima, da aldeia de Fahma, foi levada às pressas ao hospital Ibn Sina.
Após uma operação em Jenin, em junho, combatentes da resistência palestina reagiram ao matar quatro israelenses perto de um assentamento ilegal na Cisjordânia.
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