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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Guterres “profundamente preocupado” com casos de violência na Cisjordânia

Fumaça sobe depois que as forças israelenses continuam a conduzir ataques aéreos e incursões no segundo dia em Jenin, Cisjordânia, em 04 de julho de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Operações militares devem ser realizadas com o respeito máximo à lei humanitária internacional. A afirmação consta de uma nota divulgada à imprensa pelo porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Pelo menos 10 palestinos foram mortos em operações militares de Israel por ar e terra em Jenin, na Cisjordânia, o território palestino que é administrado pela Autoridade Palestina.

Quatro escolas

As operações ocorreram contra acampamentos populosos deixando pelo menos 100 pessoas feridas. O Ministério da Saúde palestino diz que 20 estão em estado grave.

Milhares de pessoas fugiram do local com medo de mais violência. Nesta terça-feira, um ataque na cidade de Tel Aviv feriu sete pessoas quando um palestino jogou um carro contra os pedestres em frente um shopping center.

O autor do atentado foi morto a tiros por um cidadão israelense que estava no local. O grupo militante Hamas, que controla a Faixa de Gaza, descreveu o ataque “como uma reposta direta à operação de Israel em Jenin”.

LEIA: Narrativa de segurança de Israel reina suprema e com impunidade

Com os bombardeios serviços básicos de água foram interrompidos. A Agência da ONU para Refugiados Palestinos, Unrwa, que gerencia quatro escolas, um centro de saúde e outras instalações no acampamento de Jenin, disse que falta água potável, alimentos e leite em pó para as crianças.

2022 UNRWA

Passagem segura para pessoal de saúde

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou nesta terça-feira que a escala de ferimentos das vítimas colocou uma pressão extra sobre o sistema de saúde que já estava numa condição precária. Pelo menos dois hospitais foram alvos de ataques com munição e cilindros de gás.

A OMS pediu respeito e proteção dos cuidados de saúde incluindo uma passagem segura dos serviços de saúde em Jenin e em todos os Territórios Palestinos.

Somente este ano, houve 124 ataques documentados pela OMS que resultaram em ferimentos de 39 trabalhadores de saúde e afetaram a operação de 117 ambulâncias. Em comunicado, o alto comissário de Direitos Humanos, Volker Turk, afirmou que a operação em Jenin e o ataque em Tel Aviv só comprovam que violência gera violência. Ele disse que as mortes, ferimentos e destruição têm que parar.

LEIA: MSF condena bloqueio de acesso médico em Jenin na maior ação militar na Cisjordânia desde 2002

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Palestina: quatro mil anos de história
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