Limpeza e reparos começam em Jenin após massacre israelense

Trabalhadores da construção civil contratados pela gestão municipal de Jenin, na Cisjordânia ocupada, chegaram ao campo de refugiados homônimo para conduzir operações de limpeza e reparo após a destruição de larga escala deixada pelo exército israelense.

Conforme a agência de notícias Wafa, operários e voluntários utilizaram tratores para limpar os escombros, incluindo carros carbonizados, oriundos do massacre.

A mais recente operação israelense, incluindo artilharia pesada e bombardeios aéreos, teve início na segunda-feira (3) e deixou um rastro de destruição na cidade ocupada.

Majdi al-Saleh, ministro das Cidades, disse em nota que a comunidade local e trabalhadores estão fazendo todo o possível para assegurar a retomada de serviços básicos à população.

Mohammad Ziara, ministro de Obras Públicas, descreveu o cenário como se fosse atingido por um terremoto, ao corroborar a devastação imposta sobre todos os aspectos da vida cotidiana, incluindo infraestrutura. Boa parte do campo ficou sem luz e água.

Tropas da ocupação saíram de Jenin na manhã desta quarta-feira (5), após sua maior operação militar na região em mais de 20 anos.Quase 80% das casas na cidade sofreram danos, informou o vice-prefeito Kamal Abu al-Rub à agência de notícias Anadolu. “Casas e infraestrutura sofreram danos pesados devido à ofensiva. Oito entre dez casas foram destruídas, danificadas ou incendiadas”, declarou.

O campo de refugiados de Jenin compreende cerca de mil unidades residenciais habitadas por 15 mil pessoas, em uma área densamente povoada e empobrecida devido à ocupação.

Ao menos 12 palestinos foram mortos e mais de cem ficaram feridos, conforme estimativas do Ministério da Saúde da Autoridade Palestina (AP).

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