O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, possui responsabilidade absoluta pelos pogroms e ato de terrorismo cometidos por colonos ilegais nos territórios ocupados, advertiram doze organizações judaicas dos Estados Unidos em nota conjunta, segundo o jornal Haaretz.
“Como líderes da comunidade judaica americana, não podemos e não iremos ficar de braços cruzados diante disso”, disseram os signatários.
Dentre as organizações, estão a União por Judaísmo Reformista, o Fundo Novo Israel, a ong J Street e o Conselho Nacional de Mulheres Judias.
A nota manifestou “horror e angústia cada vez maior” diante da recente onda de “ataques violentos de colonos judeus contra comunidades palestinas na Cisjordânia ocupada”.
O comunicado se motiva por uma escalada de agressões coloniais na região, perpetrada por colonos armados e radicalizados. Em fevereiro, palestinos de Huwara, foram alvejados; em junho, foi a vez de Turmus Ayya.
A destruição deixada foi descrita como pogroms – isto é, atos de expurgo e limpeza étnica – e terrorismo.
A coalizão de extrema-direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é acusada de incitar a violência. “Isso não vem do nada”, alertaram as organizações. “Mas sim está alinhado com a agenda do governo de Netanyahu sobre a expansão colonial, ocupação e deslocamento de palestinos nativos”.
As associações instaram Tel Aviv a deixar de “empoderar, proteger e anistiar” os criminosos. “Pedimos que aqueles que realizam tais ataques sejam levados à justiça. Concordamos com a análise dos chefes do exército, da polícia e de serviços de segurança doméstica de Israel de que os ataques coloniais equivalem a terrorismo nacionalista por definição”.
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