Paquistão denuncia naufrágio na Grécia como questão de direitos humanos

Umar Ata Bandial, chefe do judiciário do Paquistão, descreveu o naufrágio de um barco de refugiados na costa da Grécia, no qual centenas de paquistaneses faleceram, no último mês, como “questão de direitos humanos”, segundo informações da agência Anadolu.

Ao julgar um caso de tráfico de crianças na quarta-feira (5), Bandial reiterou que criminosos ganham milhões de rúpias enquanto pessoas em situação de miséria embarcam em navios à procura de uma vida melhor.

“Cidadãos são enganados por coiotes e pagam milhões de rúpias”, declarou o juiz, segundo o jornal Dawn. Bandial destacou que mulheres e crianças estão entre as vítimas.

O chefe de justiça instruiu autoridades provinciais a emitirem um relatório sobre suas ações para conter o tráfico humano, junto de dados da evasão escolar infantil no país, com prazo de um mês.

LEIA: Entre mortes e alianças: A resposta alarmante da Itália à crise migratória

O Paquistão, no entanto, decidiu indiciar os suspeitos envolvidos no naufrágio de junho sob delitos de lavagem de dinheiro.

O barco de 30 metros de comprimento virou em 14 de junho a cerca de 80 km da cidade de Pylos, com 700 pessoas a bordo, dentre as quais, paquistaneses, líbios e sírios. Há denúncias de negligência da Guarda Costeira da Grécia sobre os pedidos de socorro.

Em 23 de junho, o ministro do Interior do Paquistão, Rana Sanaullah, afirmou ao congresso que ao menos 281 famílias contactaram o governo, após estimar 350 paquistaneses a bordo do navio.

Refugiados na fronteira são empurrados de volta pela Grécia [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Sair da versão mobile