Anjana Gadgil, âncora da emissora estatal britânica BBC, criticou a invasão militar de Israel à cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, entre segunda e quarta-feira, na qual ao menos 12 palestinos foram mortos e 140 ficaram feridos.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Conforme o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina (AP), cinco menores estão entre os mortos .
“As forças israelenses parecem felizes em matar crianças”, afirmou Gadgil durante entrevista com o ex-primeiro-ministro de Israel e deputado de extrema-direita, Naftali Bennett.
“O exército chama isso de ‘operação’, mas estamos sabendo que jovens foram mortos, entre os quais, ao menos quatro menores de idade. É realmente essa a missão do exército? Matar pessoas entre 16 e 18 anos?”, questionou a apresentadora.
Bennett insistiu na tese de que todos os mortos de Jenin eram “militantes”; entretanto, sem conceder evidências. “O fato de serem jovens terroristas [sic] que decidiram pegar em armas é responsabilidade deles”, defendeu o notório ativista colonial.
“Terrorista, você diz; porém, crianças”, redarguiu a âncora. “As forças israelenses parecem felizes em matar crianças”.
O exército israelense deixou a região de Jenin na manhã de quarta-feira (5), ao concluir sua maior intervenção na cidade desde a Segunda Intifada, em mais de 20 anos. A invasão teve início na segunda-feira e deixou um rastro de destruição em toda a cidade.
O massacre incorreu em uma onda de repúdio de diversos países, dentre os quais, Turquia, Jordânia, Egito, Indonésia, Paquistão e outros.
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