O conflito no Sudão já provocou a fuga de quase 3 milhões de pessoas em menos de três meses. De acordo com as Nações Unidas, são 2,2 milhões de deslocados internos e quase 700 mil refugiados procurando abrigo além-fronteiras.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, fala de carência de alimentos, acesso a serviços de saúde e itens de primeira necessidade.
Movimento para os países vizinhos
Acampamentos, prédios públicos e abrigos improvisados acolhem 280 mil pessoas dentro do território sudanês.
Mais de dois terços do total deixaram o estado de Cartum e a parte restante saiu da região de Darfur para estados como Norte, Rio Nilo, Darfur Ocidental e Nilo Branco.
Os sudaneses que se refugiaram no exterior estão em sua maioria no Egito, país que abriga 40%. Os outros anfitriões são Chade, Sudão do Sul, Etiópia e República Centro-Africana.
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seis em cada 10 refugiados são sudaneses e os restantes repatriados ou cidadãos de outros países. A OIM destaca ainda as “condições extremamente precárias” da maioria dos que fazem o movimento para as nações vizinhas.
Mulheres atuando por auxílio humanitário e fim do conflito
Cerca de metade da população, ou 24,7 milhões de pessoas, precisa de ajuda humanitária e proteção, destaca a agência das Nações Unidas.
Nesta quarta-feira, a ONU Mulheres anunciou o apoio a quase 50 iniciativas de paz lideradas por mulheres. As organizações que integram a Plataforma da Paz para o Sudão são de cariz humanitário e da sociedade civil.
A capacitação às integrantes em diferentes regiões do país envolve o reforço de habilidades de comunicação e das ações promovidas por mulheres. Além de dar resposta humanitária e advogar pelo fim do conflito, a ONU Mulheres defende o fim da violência sexual em casos em que o alvo principal são refugiadas e deslocadas.
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Nesta semana, entidade das Nações Unidas também se juntou a diversas instituições num abaixo-assinado pelo fim da violência sexual como tática de guerra no Sudão.
Abusos de direitos humanos e do direito internacional humanitário
Entre os que firmaram o documento estão os Escritórios da ONU de Assistência Humanitária, o Escritório dos Direitos Humanos, além da Agência da ONU para Refugiados, do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, o Fundo da ONU para a População e a Organização Mundial da Saúde.
O grupo pede que as investigações de todas as alegações de abusos de direitos humanos e do direito internacional humanitário sejam “imediatas, minuciosas, imparciais e independentes” e que os responsáveis prestem contas.
Publicado originalmente em ONU News