Não há mais qualquer sentido em aceitar Israel como interlocutor dos países que se dizem solidários com o povo palestino. Porque este povo está sendo massacrado, assassinado, eliminado ante os olhos do mundo, e não pode haver perdão para o que as forças da ocupação fizeram, mais uma vez, contra a vidas palestinas em Jenin.
A maior “operação” – diz a imprensa ocidental para não chamar de crime abominável o cerco e o ataque à cidade palestina por um Estado que acusa suas vítimas, os povos originários invadidos e ocupados, de terrorismo. E deixa um rastro de sangue de inocentes pelo caminho de suas “operações”
O Brasil tem procurado demonstrar interesse pela sorte palestina, cobrando a ONU por sua responsabilidade, mas todos os limites para qualquer tolerância foram ultrapassados.
Queremos e cobramos que o governo brasileiro se pronuncie nas suas representações internacionais
Que o presidente Lula, agora na presidência do Mercosul, peça a suspensão dos acordo com Israel até que cesse a ocupação.
Que as armas agora testadas na eliminação de vidas palestinas não sejam mais compradas pelos governos da América Latina e venham ferir e matar nossos povos.
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Nos irmanamos com todas as forças sociais, culturais e políticas que neste momento querem ver Israel responsabilizado por seus crimes e que o apartheid tenha fim – apartheid reconhecido por organizações como Anistia Internacional e Human Rights Watch (HRW) e que precisa ser julgado pelas cortes internacionais.
Israel já está no banco dos réus da humanidade e esta o julga em sua consciência coletiva e não tardará em fazê-lo arcar com seus crimes.
Mas cada dia que tarda se traduz em mais assassinatos, violências liberadas, roubo de casas, terras e direitos e no avanço de uma ocupação ilegal e intolerável.
Não é possível esperar mais para que o estado do apartheid seja banido dos assentos internacionais, e para que o povo palestino tenha de volta o direito à dignidade e que seus descendentes na diáspora possam voltar para casa e reconstruir sua história e seu país.
Nós, integrantes do Fórum Latino Palestino , nos manifestamos em cada um de nossos países da América Latina e cobramos posições de nossos poderes de Estado, governos e parlamentos. Não há explicação para o silêncio de quem tem em mãos a possibilidade e o dever de pronunciar-se.
Israel já está no banco dos réus da Humanidade
Queremos vê-lo agora condenado pelos tribunais.
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