Forças israelenses despejaram na manhã desta terça-feira (11) a família palestina Ghaith-Sub Laban, para que colonos ilegais tomem posse de sua casa, no bairro de Aqabat al-Khalidiya, na Cidade Velha de Jerusalém.
O exército alegou que os colonos eram detentores da terra antes da Nakba – ou “catástrofe”, quando foi criado o Estado de Israel, em maio de 1948, via limpeza étnica.
Nas primeiras horas da manhã, colonos sob escolta militar invadiram a residência; soldados prenderam cinco ativistas presentes no local e então expulsaram os moradores.
O Departamento de Execução e Procedimento havia dito que a família seria despejada entre 28 de junho e 13 de julho.
A casa se situa a alguns blocos da Mesquita de Al-Aqsa, sob gestão da Jordânia desde 1953, submetida a arrendamento protegido.
Em 2010, a Associação de Assentamentos Galitzia entrou com recurso sob a alegação de se tratar de um lote judaico. As cortes da ocupação decidiram então desabrigar a família. Os avanços, no entanto, remetem a decisões legais desde a década de 1980.
Em 2016, a Suprema Corte de Israel proibiu que filhos e netos dos residentes morassem no local, para impedir que palestinos de até terceira geração reclamassem a terra. Em 2018, foi emitida a ordem para despejar a família.
Desde então, a família Ghaith Sub-Laban vive sob assédio regular por colonos ilegais.
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