No início desta semana, a mídia israelense informou que um míssil antitanque foi lançado do Líbano contra um alvo militar israelense. Também relatou autoridades israelenses alegando que o líder sênior do Hamas, Saleh Al-Arouri, havia ordenado o lançamento do míssil.
O Canal 14 da TV israelense informou recentemente que autoridades de segurança afirmam que a barragem de foguetes lançados do Líbano contra Israel durante o feriado da Páscoa foi ordenada por Al Arouri, que provavelmente estáhospedado pelo Hezbollah. Os oficiais de segurança disseram, de acordo com o Canal 14, que ele merecia ser assassinado.
Segundo o mesmo canal de TV, altos funcionários da segurança israelense disseram que Al-Arouri e Samir Afandi, outro alto funcionário do Hamas no Líbano, “foram condenados à morte, mas o momento em que serão executados ainda não foi confirmado”.
Essas observações significam que Israel está planejando atingit Al-Arouri? Sim! Eu acredito que o estabelecimento de segurança israelense junto com a máquina da mídia tem empurrado o nome de Al-Arouri para as manchetes e ligando muitos dos supostos danos a Israel a ele para transformá-lo em um monstro que deve ser eliminado. Essa trama abre caminho para engajar o público israelense a pedir que Al-Arouri seja o alvo para que as forças de segurança possam ser coroadas heróis quando cumprirem a missão nacional.
Ao colocar a culpa em Al-Arouri, Israel também está semeando a sedição entre a facção de resistência palestina Hamas, por um lado, e o Líbano e o Hezbollah, por outro. Está dizendo que Al-Arouri está trabalhando sem coordenação com as autoridades do Líbano.
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O Beirut Observer informou no início desta semana que o governo libanês estava preocupado com o movimento de alguns agentes do Hamas no Líbano sem permissão. O jornal libanês relatou uma fonte de segurança dizendo que o governo enviou nomes de agentes do Hamas ao Hezbollah para lidar com a questão.
O jornal relatou a fonte de segurança dizendo que os membros do Hamas no Líbano formaram uma célula militar destinada a lançar ataques contra Israel a partir do Líbano. Este relatório faz parte da propaganda anti-Hamas que visa mobilizar o sentimento anti-Hamas no país.
Baruch Yedid, comentarista de direita da TV israelense, disse: “Em Israel, eles entendem que Al Arouri é o fator mais importante no estabelecimento do Hamas no sul do Líbano.” Ele me disse que há muito tempo há apelos dentro de Israel para “prejudicar” Al-Arouri.
Ele também afirmou que “mesmo no Líbano, há um entendimento de que ele põe em perigo a segurança do país.”
Yedid disse que era impossível que Israel tivesse dado sinal verde para seu assassinato, mas disse: “Não descarto a possibilidade de que ele seja eliminado em breve.”
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Al Arouri passou um total de mais de 17 anos em prisões israelenses, a maioria sob detenção administrativa – sem acusação ou julgamento. Ele foi deportado pela ocupação israelense para a Síria em 2010. Então, em 2012, ele fugiu com a liderança do Hamas para o Catar. Ele então se mudou para a Turquia e desde 2015 ele se muda entre Turquia e o Líbano.
Israel há muito o acusa de alimentar a resistência palestina contra a ocupação na Cisjordânia, e a escalada contínua de ataques contra os militares israelenses e alvos de colonos ilegais nos territórios ocupados está apenas alimentando seu desejo de silenciá-lo.
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