Centenas de médicos reservistas de Israel suspenderam a prestação de serviços ao exército em protesto à reforma judicial do governo de ultra direita do premiê Benjamin Netanyahu, que deve enfraquecer os tribunais e outras instituições em favor do executivo.
As informações são da rede de notícias Rai Al-Youm.
Os médicos – incluindo profissionais clínicos e psiquiatras – emitiram uma carta ao Clube de Medicina Militar para reivindicar uma mensagem urgente às Forças Armadas, com o intuito de confirmar sua paralisação.
A instituição, por sua vez, reforçou apelos ao governo para que interrompa a tramitação da reforma antes que seja tarde.
Na quinta-feira (13), milhares de profissionais enviaram uma carta a Zion Hagay, presidente da Associação Médica de Israel, para instá-lo a declarar uma greve até que a legislação seja “completamente engavetada”.
Conforme o jornal Times of Israel, médicos alertam que as repercussões da reforma podem “prejudicar a qualidade dos serviços, lesar pacientes e minar conquistas no setor”.
Centenas de estudantes de medicina também pediram a Hagay que convoque uma greve, ao advertir para “êxodo de cérebros e isolamento acadêmico de Israel, além de ceder controle sobre ensino e pesquisa a agentes políticos”.
Protestos semanais tomaram Israel desde janeiro, quando o ministro da Justiça, Yariv Levin, anunciou a reforma, uma semana após sua coalizão assumir o governo.
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