Guarda Revolucionária do Irã firma acordo com Paquistão sobre segurança de fronteira

General Asim Munir, chefe do Estado-maior do exército paquistanês, presenteia o major-general Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irã, com uma submetralhadora de fabricação local folheada a ouro, em 17 de julho de 2023 [DEFA Press]

Irã e Paquistão concordaram em ampliar sua cooperação de defesa e coordenar melhor sua segurança de fronteira, após encontro realizado no sábado (15), em Teerã, entre os generais Hossein Salami e Asim Munir, respectivamente, comandantes-chefe do exército paquistanês e da Guarda Revolucionária do Irã.

Munir esteve na capital da república islâmica para uma visita de dois dias, na qual se reuniu também com o general Mohammad Baqeri, comandante máximo do exército do Irã, ocasião na qual debateram relações bilaterais nos campos de defesa e treinamento militar.

“A Guarda Revolucionária está preparada para colaborar com o exército paquistanês a fim de mudar as condições de segurança em nossa fronteira, para torná-la uma divisa econômica”, comentou Salami.

“Vemos a segurança paquistanesa como a nossa própria e acabaremos com a vida de grupos terroristas ao expandirmos interações e esforços conjuntos”, corroborou o general. “Nosso ambiente regional sempre esteve sob influência de forças políticas internacionais, incluindo poderes que não toleram a união e coesão entre os muçulmanos”.

De sua parte, comentou Munir: “Para solucionar os desafios de insegurança e das atividades terroristas em nossa fronteira comum, estamos prontos a fortalecer a cooperação e recorrer aos esforços mais adequados para superar as condições atuais e avançar em outras áreas de interesse recíproco”.

Nos últimos anos, Irã e Paquistão se aproximaram ao robustecer laços econômicos e abordar apreensões comuns de segurança, em particular, nas regiões fronteiriças de Baluchistão (do lado paquistão) e Sistão-Baluchistão (do lado iraniano).

Em 8 de julho, quatro supostos militantes do grupo terrorista Jaish Al-Adl foram mortos ao realizar um atentado na cidade de Zaedã, capital da província homônima, no sudeste do Irã. O incidente levou o ministro do Interior, Ahmad Vahidi, a alertar Islamabad sobre eventuais atos de terrorismo através da fronteira.

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