Os confrontos violentos entre as Forças Armadas do Sudão e o grupo paramilitar conhecido como Forças de Suporte Rápido (FSR) forçaram ao menos 19 mil refugiados a se alocarem no Sudão do Sul, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Conforme a divisão sul-sudanesa do Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), espera-se aumento no número de chegadas, à medida que persiste o conflito.
“Condições precárias de vias e terrenos na temporada das chuvas e a situação de segurança imprevisível, junto da carência de recursos para manter as operações, permanecem como os maiores desafios”, comentou a ONU.
As crianças estão mais vulneráveis do que nunca, a maioria sem acesso à educação, reiterou o comunicado.
Segundo o relatório, parceiros do Plano de Resposta de Emergência lançaram esforços para socorrer os necessitados, mas a escala da crise demanda maior apoio.
Mais de quatro milhões de pessoas foram deslocadas no Sudão, dentre as quais 2.5 milhões de deslocados internos e 2.2 milhões de pessoas que fugiram aos países vizinhos, incluindo o Sudão do Sul.
O Sudão é tomado por confrontos armados desde 15 de abril devido a divergências entre o exército regular e seu então parceiro paramilitar sobre esforços para uma eventual transição à democracia.
O avanço do conflito pode desestabilizar toda a região, advertiu a ONU.
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