Um enorme incêndio irrompeu em um campo para refugiados sírios na cidade de Hanine, no norte do Líbano, destruindo um grande número de tendas.
Bombeiros correram ao local; não há relatos de baixas, segundo a rede RT Arabic.
Forças políticas costumam usar refugiados no Líbano como bode expiatório aos problemas do país, em colapso econômico e sem governo.
O ministro de Relações Exteriores, Abdullah Bou Habib, por exemplo, afirmou: “A pasta dos deslocados sírios começa a impor riscos não apenas à estrutura social e à estabilidade econômica libanesa, como à própria existência de nosso país como entidade”.
Segundo o chanceler, apesar de ser um anfitrião histórico a refugiados da região, sobretudo palestinos, o Líbano não é um país de asilo.
LEIA: Nações Unidas fazem apelo recorde de US$ 11 bilhões para Síria
Ao comentar sobre os 16 pontos de uma nova resolução da União Europeia sobre o Líbano – que adverte contra o retorno dos refugiados sírios a seu país –, o chefe do Movimento Livre Patriota, Gebran Bassil, indagou: “Com que direito a Europa exige isso? Com que autoridade impõe sobre nós o que não aceita a seus países?”
O ministro dos Deslocados, Issam Sharaf el-Din, descreveu o alerta do bloco europeu como “arbitrária e inaceitável”, ao alegar “flagrante interferência em assuntos nacionais”.
A Europa busca conter o novo fluxo de refugiados pelo Mar Mediterrâneo. Enquanto isso, países da região, como Líbano e Turquia, insistem que há espaço para o retorno “voluntário e digno” dos refugiados à Síria, apesar da continuidade da guerra civil.
LEIA: Erdogan enfrenta dificuldades para cumprir promessa sobre refugiados sírios