Vídeos registram protestos na Síria contra colapso da moeda

Vídeos circularam online de supostos protestos em Jaramana, perto de Damasco, capital da Síria, contra o colapso da moeda. Em julho, a moeda nacional registrou seu menor índice da história, com 120 mil libras sírias para cada dólar.

No início do ano, a taxa de câmbio girava em torno de 6.500 libras por dólar. Antes de eclodir a guerra civil, após a brutal repressão do regime de Bashar al-Assad aos protestos populares por democracia, um dólar equivalia a 47 libras.

Segundo relatos online, os manifestantes pedem a renúncia de Assad.

Uma série de desastres, incluindo 12 anos de conflitos envolvendo grupos rebeldes e forças estrangeiras, com mais de 500 mil civis mortos e 6.7 milhões de refugiados, levou o Estado a uma grave crise econômica.

As sanções internacionais e os terremotos que atingiram a região em fevereiro, com seis mil mortos, além das crises fiscais nos vizinhos Líbano e Turquia, agravaram o problema.

Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgadas no final de 2022, em torno de 70% das pessoas no noroeste da Síria enfrentam insegurança alimentar e 90% dependem de assistência humanitária.

Crianças sofrem de desnutrição crônica, sob risco de sequelas físicas e traumas psicológicos. O país enfrenta ainda uma das maiores crises de educação da história recente.

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Desde a revolução, protestos são comuns na Síria. Em abril deste ano, quando centenas de pessoas tomaram Idlib para condenar a normalização entre regimes árabes e Assad. Com a guerra, diversos países romperam laços com Damasco; Turquia e Arábia Saudita concederam apoio a forças oposicionistas.

Em dezembro do último ano, manifestantes invadiram o escritório do governador da cidade de Suweida, no sul do país, para rechaçar a carestia, falta d’água e blecautes, ao reivindicar a queda de Bashar al-Assad.

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