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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Protesto em fábrica israelense no Reino Unido chega a 87 dias

Cartaz em frente à fábrica de armas da Elbit Systems em Leicester, no Reino Unido [Reprodução]

Um protesto do grupo Palestine Action em uma fábrica da UAV Tactical Systems, sucursal da empresa de armas israelense Elbit Systems, em Leicester, no Reino Unido, entrou em seu 87° dia.

Um pequeno, porém decidido, grupo de manifestantes permanece no local 24 horas por dia para impedir que a polícia remova bandeiras e cartazes postos nas entradas da instalação.

Gritos de “assassinos” e “infanticidas” recebem pessoas que chegam ou deixam a fábrica, a maioria com os rostos cobertos por máscaras para omitir sua identidade. Os manifestantes insistem na pergunta se eles contam a seus filhos que fabricam drones usados pelo exército israelense para matar outras crianças.

A fábrica em Leicester pertence à maior corporação de armas de Israel, a Elbit Systems, em parceria com a empresa armamentista francesa Thales. Seu principal produto são os drones Watchkeeper, desenvolvidos a partir de “testes de batalha” em solo palestino.

A companhia se vangloria ainda que o modelo operou por mais de cem mil horas no Iraque e no Afeganistão.

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Apesar de alegar vender apenas ao exército britânico, a UAV Tactical Systems de fato exporta anualmente cerca de £5 milhões em itens militares a Israel, entre os quais, drones armados e seus componentes e tecnologia de vigilância.

A Elbit produz cerca de 85% da frota de drones militares de Israel, cujo uso não se restringe a ataques diretos, mas também assistência a ofensivas por terra.

O grupo Palestine Action ocupou o local por seis dias em maio de 2021, no ápice do ataque israelense contra Gaza sitiada naquele ano, quando bombardeios a áreas civis deixaram ao menos 250 palestinos mortos, incluindo 60 crianças.

A empresa, desde então, reforçou sua segurança nos subúrbios de Leicester.

Conforme os manifestantes, diferente de outras fábricas, as equipes não se reúnem exceto durante o almoço.

“É como se tivessem criado uma prisão particular, com cercas, cães e guardas”, disse um manifestante. “Todos os dias, no fim do expediente, eles saem da fábrica enrubescidos, sem sequer conseguir nos olhar nos olhos”.

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