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Um quarto dos israelenses considera deixar o país devido a reforma judicial

Protestos contra a reforma judicial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em frente ao parlamento (Knesset), em Jerusalém ocupada, em 23 de julho de 2023 [Yair Palti/Agência Anadolu]

Ao menos um quarto dos israelenses consideram deixar o país ser aprovada a chamada “lei de razoabilidade”, primeira etapa da controversa reforma judicial da coalizão de governo de Benjamin Netanyahu, na última segunda-feira (24).

Os índices foram corroborados por uma pesquisa conduzida ontem (25) pelo Canal 13. Cerca de 28% dos entrevistados contemplam a emigração contra 64% que pretendem permanecer no país. Os outros 8% demonstraram incerteza.

No entanto, mais da metade dos entrevistados creem que a reforma judicial representa uma ameaça à segurança nacional, enquanto 56% temem uma guerra civil. A pesquisa constatou ainda que 55% querem que os líderes da oposição, Yair Lapid e Benny Gantz, voltem à mesa de negociações.

Os números coincidem com as imagens dos protestos de massa que tomam Israel há meses, incluindo a paralisação dos serviços voluntários de reservistas do exército e alertas de que centenas de médicos planejam deixar o país.

A “lei de razoabilidade” – que restringe poderes da Suprema Corte para conter “excessos” do governo – foi deferida em sua segunda e terceira leitura por uma maioria simples de 64 dos 120 deputados, apesar das 29 semanas consecutivas de protestos no país.

Críticos acusam o premiê Benjamin Netanyahu de mobilizar uma mudança no regime rumo à autocracia. Aliados internacionais temem pela imagem da “democracia” no Estado colonial de apartheid, com grave prejuízo de relações públicas e investimentos.

O maior sindicato do país, o Histadrut, que representa 800 mil trabalhadores, disse que se reunirá nos próximos dias para coordenar uma greve geral contra a reforma.

LEIA: Ministra israelense acusa ex-premiê de tentativa de golpe

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