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Diretor-geral do Ministério da Educação de Israel renuncia contra reforma judicial

Parlamento israelense (Knesset) aprova primeira etapa da reforma judicial do governo, em Jerusalém ocupada, em 24 de julho de 2023 [Noam Moskowitz/Agência Anadolu]

Asaf Zalal, diretor-geral do Ministério da Educação de Israel, renunciou ao cargo em resposta à controversa reforma judicial proposta pelo governo do atual premiê Benjamin Netanyahu. Em carta emitida nesta sexta-feira (28), Zalal declarou que a profunda divisão na sociedade israelense o impede de cumprir adequadamente suas responsabilidades.

“Não posso continuar a servir o sistema que tanto amo, que quero que nos leve à segurança,  do modo como está”, afirmou Zalal. “A presente divisão não me permite proceder e cumprir minhas obrigações como é preciso”.

A renúncia reforça apreensões sobre o impacto da reforma judicial em diversas instituições. Segundo relatos, muitos israelenses – incluindo médicos e firmas de tecnologia – ponderam deixar o país caso a reforma seja aprovada em sua totalidade.

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Na segunda-feira, o Knesset (parlamento) deferiu a chamada “lei de razoabilidade”, primeira etapa da reforma judicial de Netanyahu, que retira poderes da Suprema Corte para analisar decisões do executivo consideradas excessivas.

A lei foi ratificada por uma maioria simples de 64 dos 120 membros do Knesset, apesar das 30 semanas de protestos de massa que tomaram o país. Reservistas do exército deixaram de cumprir serviços voluntários em protesto à tramitação.

Críticos acusam Netanyahu de mobilizar uma mudança no regime rumo à autocracia. Aliados internacionais temem pela imagem da “democracia” no Estado colonial de apartheid, com grave prejuízo de relações públicas e investimentos.

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