Ao declarar apreensão sobre a escalada nos territórios ocupados, a China pediu fim do “ciclo de violência” na Palestina, durante informe ao Conselho de Segurança das Nações Unidas na quinta-feira (27).
As informações, divulgadas pela imprensa estatal de Pequim, foram corroboradas pela rede de notícias Anadolu.
Ao mencionar a recente operação militar israelense em Jenin, Zhang Jun, embaixador chinês na Organização das Nações Unidas (ONU), declarou: “A China condena toda violência contra civis nos territórios ocupados e pede a todas as partes relevantes que mantenham a calma e o comedimento e evitem ações unilaterais que possam agravar tensões”.
“O lado ocupante deve cumprir suas obrigações sob o direito internacional, ao impedir o uso excessivo da força por policiais e soldados, assim como quaisquer violações à segurança de indivíduos e propriedades nos territórios ocupados”, acrescentou.
“Palestina e Israel são vizinhos e isso não vai mudar”, argumentou Zhang. “É necessária uma posição clara para romper o ciclo de violência em nome da segurança mútua”.
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“Lugares santos se referem aos sentimentos religiosos de fiéis. Pedimos pela preservação do histórico status quo dos santuários de Jerusalém, em respeito à administração jordaniana, ao evitar atos de provocação e incitamento”, reiterou o diplomata, ao solicitar esforços pela chamada “solução de dois Estados”, como parte do consenso internacional.
“Não pode haver dois pesos e duas medidas ao implementarmos a lei internacional”, alertou o embaixador chinês ao Conselho de Segurança.
Em junho, o presidente da China, Xi Jinping, recebeu na capital o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, em visita oficial.
Na ocasião, Pequim prometeu exercer um “papel positivo” na busca de reconciliação interna entre os grupos políticos palestinos e negociações com Israel.
“A solução fundamental repousa no estabelecimento de um Estado palestino independente que desfrute de plena soberania, com base nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital”, declarou Xi Jinping.
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