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Sheikh repudia queimas do Alcorão, descreve invasões a Al-Aqsa como ‘declaração de guerra’

Polícia israelense no complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, em 18 de junho de 2023 [Jewel Samad/AFP via Getty Images]
Polícia israelense no complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, em 18 de junho de 2023 [Jewel Samad/AFP via Getty Images]

O sheikh Ekrima Sabri, pregador na Mesquita de Al-Aqsa, reiterou repúdio dos muçulmanos a queimas de qualquer livro sagrado, ao contestar o pretexto de liberdade de expressão em países ocidentais, como Suécia e Dinamarca, como “inaceitável e nada convincente”.

Em entrevista à agência Anadolu, no santuário islâmico de Jerusalém ocupada, Sabri alertou que as declarações do ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, de que Tel Aviv deve impor soberania ao local equivalem a uma “declaração de guerra”.

“O Ocidente tem um argumento trivial e nada convincente de que a queima do Alcorão cai ao âmbito da liberdade de expressão”, afirmou. “Rejeitamos absolutamente essa tese”.

O sheikh pediu aos governos ocidentais que “se comprometam com a recente resolução da Organização das Nações Unidas que pede a criminalização de qualquer violação a elementos sacros e outras santidades”.

“Lamentavelmente, o Alcorão vem sendo incendiado reiteradamente, o que representa um desafio aos dois bilhões de muçulmanos no mundo, que, no entanto, não agiram”, criticou o sheikh. “Onde está o espírito de al-Mu’tasim da era abássida, que puniu os romanos? Como fica agora que o Alcorão – a constituição dos muçulmanos – é incendiado? O Ocidente ousa cometer tais atos hediondos contra nós porque nos falta reação”.

ASSISTA: Mulher tenta impedir queima do Alcorão na Dinamarca

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