Sob pressão, Dinamarca e Suécia prometem conter queimas do Alcorão

O ministro de Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, confirmou hoje (31) ter esperanças de que a proposta do governo para conter queimas do Alcorão no país ajude a atenuar tensões com diversos países islâmicos.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Nas últimas semanas, Dinamarca e Suécia vivenciaram um surto de atos de extrema-direita marcados por queimas do Alcorão, sob pretexto de liberdade de expressão. Países islâmicos, no entanto, rechaçaram as manifestações de ódio e instaram os governos a impedi-las.

Copenhague disse no domingo (30) buscar uma “ferramenta legal” que lhe permita intervir em tais situações, ao reconhecer as “consequências negativas consideráveis à Dinamarca, no mínimo no que concerne à sua segurança”.

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“Tenho esperanças de que o fato de anunciarmos interna e externamente que trabalhamos nisso possa ajudar a contornar os problemas”, comentou Rasmussem a repórteres, após se encontrar com legisladores nesta segunda-feira.

“Não é porque nos sentimos pressionados a fazê-lo, mas sim porque nossa avaliação política diz que está no melhor interesse de todos”, acrescentou o chanceler. “Não podemos esperar sentados que a situação exploda”.

Sob repúdio internacional, Estocolmo – assim como seu vizinho nórdico – afirmou em julho examinar mudanças legais que possam impedir novas queimas do Alcorão. Ambos os países enfrentam resistência da direita e extrema-direita

O ministro de Relações Exteriores da Suécia, Tobias Billstrom, disse ter enviado cartas aos 57 países da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), para repudiar os atos de islamofobia e lhes explicar, porém, sobre o escopo do direito de assembleia no Estado europeu.

Ministros de política externa do bloco islâmico se encontram em sessão extraordinária nesta segunda-feira, com intuito de debater o tema.

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