Christina Aguilera é instada a cancelar show em Israel

Fãs de todo o mundo estão pedindo à estrela pop americana de 32 anos, Christina Aguilera, que cancele sua próxima apresentação em Israel devido à escalada do governo israelense em seus deslocamentos forçados de comunidades palestinas.

“Shalom Israel, estou muito animada para finalmente ir para Tel Aviv, esta será minha primeira apresentação em Israel”, disse Aguilera em uma mensagem de vídeo compartilhada ontem pelo promotor do show, Live Nation Israel. “Vejo você no Live Park em 10 de agosto para uma noite inesquecível.”

Em resposta, os fãs de Aguilera foram ao Twitter/X para expressar sua decepção com o evento agendado da cantora em Rishon LeZion, destacando as políticas israelenses racistas impostas aos palestinos, incluindo a destruição de suas casas, grilagem de terras e a negação de seus direitos de viver, trabalhar e Mover-se livremente.

Como resultado, #XtinaDontGo se espalhou pela plataforma com apelos para que a cantora se posicionasse contra os crimes de Israel e suas tentativas de encobri-los, explorando artistas ilustres como ela.

“Christina Aguilera planeja seu primeiro show em Israel”, escreveu Raf Shimunov, co-fundador do The Jewish Vote. “E Israel planeja proibir qualquer um dos 5 milhões de palestinos em sua ocupação de viajar para participar. #XtinaDontGo”

Em um tweet separado, ele abordou a questão dos planos de expansão dos assentamentos ilegais de Israel, classificando a medida como “limpeza étnica aberta” e perguntando diretamente à cantora se ela apoiaria isso seguindo em frente com sua apresentação. “Por mais de 20 anos, Christina Aguilera ignorou Israel. E agora, como os planos de limpeza étnica de seu governo são declarados mais abertamente do que nunca nesses 20 anos, ela irá endossá-lo ou rejeitá-lo? #XtinaDontGo”

Outro usuário de mídia social criticou a violência de Israel e o assassinato de crianças palestinas, informando a cantora sobre o adolescente palestino de 14 anos que foi morto a tiros por soldados israelenses na Cisjordânia ocupada. O tweet observou que o boicote da cantora ao evento pode resultar na conscientização sobre o número crescente de mortes e maus-tratos aos palestinos, incluindo ataques a suas casas e destruição de suas propriedades.

Isso tudo ocorre quando as autoridades alertam que 2023 está a caminho de ser o ano mais mortal para os palestinos na Cisjordânia ocupada desde que a ONU começou a acompanhar as mortes em 2005.

Outro tweet observou que Aguilera será acompanhada no palco pelo ex-soldado israelense Eden Ben Zaken, que segue a carreira de cantora. “E adivinha quem vai se juntar a Christian Aguilera no palco em Tel Aviv? Um soldado artista que Israel gosta de promover. Isso visa fazer as pessoas esquecerem a ocupação, o apartheid e a expropriação ainda em andamento na Palestina #BDS.”

Em uma petição organizada pelo Adalah Justice Project e publicada no ActionNetwork.org, ativistas pró-Palestina pediram à cantora que cancelasse a apresentação. “Ao cantar em Israel, ela estará cruzando uma linha de piquete internacional”, alertaram. “Estamos profundamente desapontados com seu próximo show em Rishon LeZion, Israel, em 10 de agosto. Pedimos que você cancele seu show no apartheid de Israel.”

Os signatários apontaram que grupos da sociedade civil palestina pediram a artistas de todo o mundo que parem de se apresentar no estado sionista do apartheid até que os palestinos tenham plena igualdade, liberdade e justiça. “Quaisquer que sejam as intenções, esta apresentação será promovida como um endosso ao governo israelense e um golpe no movimento pela liberdade liderado pelos palestinos. Será vista como uma tácita tolerância à violência e à opressão que o governo israelense comete contra os palestinos todos os dias. ”

LEIA: O que significa solidariedade na nova era na Palestina?