Quase 4 milhões de pessoas tiveram que fugir de suas casas por causa do conflito no Sudão. O alerta é da Organização Internacional para Migrações, OIM.
Os dados mais recentes da agência indicam que o conflito entre o Exército sudanês e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido, RSF, resultaram em mais de três milhões de deslocados internos e 926 mil sudaneses buscando refúgio no exterior.
Deslocamentos em todos os estados
De acordo com a última atualização da situação humanitária realizada pela OIM, as pessoas foram forçadas a deixar todos os 18 estados do Sudão. Aqueles com as maiores proporções de pessoas deslocadas são Rio Nilo, Norte, Norte de Darfur e Nilo Branco.
A agência da ONU enfatizou que a estimativa de deslocamentos, nos últimos 108 dias, supera o total registrado nos quatro anos anteriores.
A OIM ressalta ainda que o acesso a muitas áreas continua impossível por causa dos combates, o que significa que as avaliações atuais foram baseadas em relatórios e estimativas.
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De acordo com a Agência de Refugiados da ONU, Acnur, as condições são “angustiantes” para aqueles que buscam abrigo nos países vizinhos, onde os campos de deslocados estão superlotados e a iminente estação chuvosa dificulta o deslocamento e a entrega de ajuda.
Crise de saúde
Os principais destinos de refúgio são os países vizinhos como Egito, Líbia, Chade, República Centro-Africana, Sudão do Sul e Etiópia.
Relatos de saques, ataques a instituições públicas e ocupação de residências particulares continuam na capital Cartum, enquanto os confrontos persistem em quatro dos cinco estados de Darfur.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde, OMS, relatou casos de doenças infecciosas entre populações deslocadas que buscaram abrigo em locais de difícil acesso, onde os serviços de saúde são limitados.
A agência da ONU também informou que mais de 50 unidades de saúde foram atacadas no Sudão.
Embora a OMS esteja apoiando os serviços de saúde tanto no Sudão quanto nos países vizinhos, a organização alertou que a crise da saúde afetou toda a região.
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Publicado originalmente em ONU News