A Dinamarca disse, na segunda-feira, que considera a última declaração da Organização de Cooperação Islâmica (OIC, na sigla usual em inglês) após uma recente série de profanações públicas do Alcorão, dizendo que continuará um diálogo próximo com os estados membros do grupo, informa a Agência Anadolu.
Após uma sessão de seu Conselho de Ministros das Relações Exteriores na segunda-feira, a OIC “condenou veementemente” as recentes queimas do Alcorão na Suécia e na Dinamarca, expressando “profunda tristeza” que esses incidentes continuem sendo permitidos pelas autoridades.
A Dinamarca condenou as recentes queimas do Alcorão e está explorando a possibilidade de intervir em situações especiais dentro da liberdade de expressão dinamarquesa”, disse o ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, no Twitter.
Em um comunicado no final do domingo, o governo dinamarquês disse que “vai, portanto, explorar a possibilidade de intervir em situações especiais onde, por exemplo, outros países, culturas e religiões estão sendo insultados, e onde isso pode ter consequências negativas significativas para a Dinamarca, não menos no que diz respeito à segurança”.
Nos últimos meses, houve atos repetidos de queima do Alcorão, ou profanação, ou tentativas de fazê-lo por figuras ou grupos islamofóbicos, especialmente no norte da Europa e nos países nórdicos.
Apesar da ampla condenação e protestos, os ataques ao Alcorão continuaram na segunda-feira na Dinamarca e na Suécia.
Em Copenhague, capital da Dinamarca, membros do grupo anti-islâmico e ultranacionalista Danske Patrioter (Patriotas Dinamarqueses) queimaram uma cópia do livro sagrado muçulmano em frente à embaixada saudita.
Enquanto isso, Salwan Momika, um refugiado iraquiano de 37 anos que vive na Suécia, queimou outra cópia do Alcorão em frente ao Parlamento sueco e exigiu que o Islã fosse banido do país.
LEIA: Sheikh repudia queimas do Alcorão, descreve invasões a Al-Aqsa como ‘declaração de guerra’