Cerca de 1.800 servidores públicos de Damasco, capital da Síria, e arredores se demitiram na primeira metade de 2023, reportou o jornal pró-regime Tishreen. Conforme a reportagem, a demissão decorreu de baixos salários e falta de auxílio-transporte.
O jornal advertiu que o setor público costumava exercer um papel vital na continuidade dos esforços produtivos no país, mas se tornou sinônimo do “exército do regime”.
O artigo – publicado em meio a uma rara onda de críticas ao governo por parte de círculos colaboracionistas – reivindicou medidas concretas em favor do setor público, entre as quais, melhoria nos salários e combate à corrupção.
O regime reportou previamente que cerca de 400 funcionários renunciaram na província de Suwayda dentro de quatro meses.
O site de notícias Aram, no entanto, advertiu que a imprensa ligada ao regime manipulou os números, ao mencionar fontes públicas que repetiram índices do ano passado.
O governo de Assad ignora há anos demandas dos trabalhadores por melhor remuneração, em meio a uma crise severa de inflação e desemprego.
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