Tropas israelenses desraigaram dezenas de oliveiras na aldeia de Battir, a oeste da cidade de Belém, na Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira (3), reportou a agência WAFA.
Segundo um ativista local, uma unidade militar israelense invadiu a parte leste da aldeia nas primeiras horas da manhã e procedeu em destruir quatro dunums – equivalente a um acre – de terras palestinas, ao vandalizar dezenas de árvores do residente Mazen Abu Ne’me.
A área recentemente se tornou alvo de colonos ilegais, que instalaram caravanas para abrir caminho a um novo posto avançado colonial, ao obstruir o acesso palestino a suas terras.
No mesmo contexto, na aldeia de Zanuta, ao sul de Hebron, na Cisjordânia, colméias foram incendiadas por colonos. Yousef al-Sharha reportou à WAFA que os colonos recentemente instalaram uma caravana e um posto avançado perto de seu apiário. Os colonos queimaram 20 das 50 colméias de al-Sharha, que sofreu prejuízo de US$10 mil.
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Segundo a rede Mondoweiss, os colonos operam ao descer em massa em diferentes lugares, onde instalam tendas e outras estruturas móveis como prelúdio a novos assentamentos.
A violência colonial contra palestinos e suas propriedades é rotina na Cisjordânia, com aval e mesmo escolta das autoridades israelenses.
Mais de 700 mil colonos vivem em assentamentos exclusivamente judaicos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental ocupada, em violação da lei internacional. Todos os assentamentos e postos avançados são, portanto, ilegais.