Ex-soldado israelense morre após atear fogo a si mesmo

Bar Kalaf, ex-soldado israelense de 33 anos, faleceu nesta sexta-feira (4) de seus ferimentos, após atear fogo ao próprio corpo, tendo negada sua solicitação ao Ministério da Defesa para que reconhecesse seu diagnóstico de estresse pós-traumático.

Após cometer a autoimolação, na terça-feira (1°), o veterano israelense foi levado às pressas ao centro médico de Sheba em Tel Hashomer. Sua família culpou o governo.

Kalaf serviu o exército entre 2008 e 2011 e participou como reservista do massacre na Faixa de Gaza de 2014, promovido pelas autoridades coloniais como Operação Margem Protetora, ocasião na qual desenvolveu transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

O ministério, no entanto, indeferiu seu status como deficiente, ao alegar que suas “doenças mentais” não tinham relação direta com seu período no serviço militar. A pasta insistiu que o caso foi avaliado em detalhes antes de ser emitida uma decisão.

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Segundo os pais, porém, o comitê foi breve demais em estudar o caso. A família insiste que a saúde mental de ex-soldados deve ser prioridade do Estado, sobretudo jovens.

Kalaf é o segundo veterano israelense do massacre a Gaza a atear fogo a si mesmo. Há dois anos, Itzik Saidian (26), diagnosticado com TEPT, tentou se suicidar ao derramar um material inflamável em seu corpo em frente a um prédio do Ministério da Defesa.

A chamada Operação Margem Protetora foi uma das mais violentas ofensivas do exército da ocupação israelense contra Gaza, com duração de três semanas, deixando 1.400 residentes mortos e milhares de feridos.

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