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Israel considera forjar laços com partido extremista romeno que nega o Holocausto

Ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, em 29 de maio de 2023 [Stipe Majic/Agência Anadolu]

O ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, avalia mudar a posição da pasta sobre o partido de extrema-direita Aliança para União dos Romenos (AUR), conhecido por negar o Holocausto e exprimir posições antissemitas.

As informações são do jornal israelense Haaretz.

Israel vem fortalecendo laços com extremistas na Europa, contra orientações de diplomatas da chancelaria e especialistas do Yad Vashem, centro nacional de memória do Holocausto.

O partido de oposição AUR detém hoje 12% dos assentos no parlamento da Romênia.

Até então, a embaixada israelense em Bucareste mantém uma política de evitar contato com o grupo extremista. O governo israelense de Benjamin Netanyahu, no entanto, ordenou uma reavaliação dessa abordagem.

Entre as figuras que pressionam por uma aproximação com o AUR, está o militante colonial Yossi Dagan e membros de destaque do partido governista Likud.

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O AUR se opõe à inclusão do Holocausto na educação romena, ao descrever o fato histórico como “questão menor” e objetar aulas sobre o assunto como “experimento ideológico”.

O partido costuma exaltar também lideranças fascistas da Romênia que, durante a Segunda Guerra Mundial, auxiliaram no genocídio contra judeus. Alguns desses ídolos são associados a fascistas modernos inspirados pelo movimento Guarda de Ferro.

George Simion, chefe do movimento romeno, busca melhorar a imagem de antissemitismo do AUR ao cultivar laços com políticos da extrema-direita israelense. Simion é conhecido, no entanto, por tentar minimizar o papel de Ion Antonescu, líder fascista e colaborador nazista, nas atrocidades do Holocausto.

O gabinete de Cohen afirma que as tentativas do AUR de mudar sua abordagem sobre Israel são examinadas com cuidado. O Haaretz confirmou, contudo, que o Yad Vashem repudia de maneira veemente a aproximação entre as partes.

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