O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, congelou o envio de recursos destinados à prefeitura árabes no Estado de apartheid, reportou neste domingo (6) a rádio estatal Kan. Foram retidos 200 milhões de shekels (US$55 milhões) aprovados pelo governo anterior.
O ministro do Interior, Moshe Arbel, do partido Shas, advertiu para consequências negativas caso a transferência a autoridades árabe-palestinas locais não seja realizada.
Smotrich disse à imprensa estar “reavaliando” as remessas ao calcular suas “prioridades” de financiamento, além de ponderar sobre novos “mecanismos de supervisão”.
O ministro de extrema-direita insistiu que o atual gabinete do premiê Benjamin Netanyahu não “está atado” a uma promessa feita pela ex-ministra do Interior, Ayelet Shaked, ao chefe do partido árabe Ra’am, Mansour Abbas.
Smotrich também bloqueou fundos destinados a um curso preparatório cujo propósito seria integrar residentes de Jerusalém Oriental a universidades israelenses. Segundo o ministro, o plano de inclusão levou o “extremismo” aos campi.
Israel é denunciado por diversas entidades de direitos humanos, como Human Rights Watch, Anistia Internacional e a ong B’Tselem, dentre outros, por discriminar palestinos nativos em favor de colonos ilegais, ao cometer de modo flagrante crimes de apartheid.