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Após retornar a Aleppo, refugiado é ‘morto sob tortura’ pelas forças de Assad

Casas danificadas no distrito de Afrin, em Aleppo, na Síria, em 17 de junho de 2023 [Hisam Hac Ömer/Agência Anadolu]

Nesta segunda-feira (7), a Rede Síria de Direitos Humanos denunciou o regime do presidente Bashar al-Assad por prender e torturar até a morte um cidadão deslocado que regressou a sua casa na cidade de Aleppo.

Muhammad Abdul Rahman Majo, do bairro de Khan al-Assal, foi expulso de sua casa devido à violência do regime, e se assentou na região oposicionista de Atarib. Em maio, retornou a Aleppo; em 15 de junho, no entanto, foi preso por forças governistas.

O grupo de direitos humanos reiterou que não havia qualquer mandado de detenção contra ele, tampouco notificação legal. O rapaz foi levado a um centro de detenção em Damasco e impedido de se comunicar com familiares ou advogados.

“Em 3 de agosto, a família recebeu notícias não-oficiais de sua morte em Damasco, por meio de um telefonema de agentes do regime. Dois dias depois, receberam o corpo”, reportou o comunicado.

O corpo de Muhammad foi devolvido com evidentes marcas de tortura. Conforme indícios, sob custódia do governo, o jovem foi privado de refeições ou cuidados médicos.

Sua família teme represálias do regime caso denuncie o crime na Promotoria Pública.

O caso contradiz alegações de países anfitriões de que a Síria está segura para o retorno dos refugiados. Estados europeus, Turquia e Líbano, por exemplo, pressionam pela repatriação, apesar de alertas de organizações humanitárias de que persistem os abusos do regime.

A Síria é assolada pela guerra civil desde 2011, quando o regime de Assad impôs repressão particularmente brutal contra protestos populares por democracia.

LEIA: Refugiados palestinos fogem da opressão de Assad na Síria

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